Ama-la é uma condição por mim escolhida e por último sentida. Amo-a em minhas recordações, nos cantos mais obscenos da minha alma, nos vestígios deixados em cada contato ao telefone, nos sonhos e no acaso.
A mulher digna de ser chamado de minha vive em meu íntimo de forma enclausurada e sem saída. Tornou-se a peça indispensável do meu jogo sentimental reprimido e sem adversários.
Amo-a como se outra para amar não houvesse.
Se nos reencotrassemos após anos separados o abraço seria longo, o beijo na seria demorado como se quiséssemos recompensar os anos que não foram dados, as mãos não saberiam como se comportar, e os olhos, ah, os olhos não conseguiam fugir. Diriam entre si não suportar mais a distância imposta a eles.
Os sorrisos escancarados confirmariam a felicidade do encontro tão esperado.
As palavras ditas seriam neutras e insignificantes. Nem um eu te amo seria maior e mais importante que aquele olhar, o cheiro, a temperatura da pele, a respiração descompassada e a sensação de que ainda restava alguma coisa que deveria ser vivida.
O amor vem antes das palavras, das preferências, dos medos, vêm até antes de mim e antes dela. Toma minha frente, minha vergonha. Deixa-me na contramão em uma via de mão única.
Diante do amor não tenho o que fazer, seguir ou recuar são caminhos distintos, mas muito parecidos.
Escolhi ama-la mesmo que nossos caminhos não estejam ligados.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Amor Secreto
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